terça-feira, agosto 29, 2017

Pashupatinath

Foto: Ana Oliveira

O rio Bagmati está para os nepaleses assim como o Ganges está para os indianos.

Às suas margens está o Templo de Pashupatinath dedicado a Shiva, um dos mais importantes do mundo hindu, centro mundial de peregrinações dos fiéis do hinduísmo e acessível somente a eles.


Foto: Ana Oliveira

O santuário está construído na margem direita do Bagmati, cercado de outras edificações religiosas, incluindo ghats para banhos e cremações.


Fotos: Ana Oliveira

Aos visitantes só é permitida a circulação pela margem esquerda do rio. Ali, além de turistas, se concentram algumas pessoas místicas e religiosas que organizam seus espaços para meditação, curas e agradecimentos.


Da margem esquerda é possível  acompanhar as cerimônias de cremação que são feitas do outro lado do rio. O corpo da pessoa falecida é colocado sobre uma espécie de maca de bambu trançado, enrolado em um lençol branco. Depois é colocado sobre uma pilha de madeira em forma de cama, coberto com panos coloridos de amarelo e vermelho, típicos do lugar. Por último, colocam palha de arroz para amenizar os odores, já que, ao contrário das cremações na Índia, não usam sândalo. O filho mais velho do morto coloca fogo na madeira e a família faz suas orações enquanto o cadáver é queimado. Fotografamos e filmamos, mas como tenho dúvida sobre a propriedade de expor esse momento íntimo da família, deixo apenas fotos gerais do ritual.

Foto: Ana Oliveira

Foto: Ana Oliveira

Ainda na margem esquerda do Bagmati, há 18 pequenos santuários construídos em sequência, todos com a linga de Shiva.

Foto: Ana Oliveira

Linga? Sim! É a representação de Shiva usada para orações nos templos hindus. É visto como um símbolo de energia e potência da divindade. Olhaí a sequência de lingas na foto abaixo, começando com uma pintada em vermelho.

Foto: Ana Oliveira

Na última dessas pequenas capelas, encontramos um grupo de "santos".  São os sadhus, monges andarilhos que renunciam aos bens materiais e se dedicam somente a práticas espirituais. Esses santos, entretanto, não eram lá muito rígidos na questão do desapego: pediram uma contribuição para posar para fotos e, ao saber que éramos brasileiras, propuseram que fizéssemos câmbio de uma doação que haviam recebido em reais. Fizemos a troca, eram apenas 10 reais... Sacanagem de algum conterrâneo com os homens santos! o_O

Fotos: Ana Oliveira

Terminada nossa visita ao Pashupatinath, seguimos para Baktapur. Em seguida, como sobrou um tempinho, repetimos o passeio a nossa queridinha Boudhanath, dessa vez por nossa conta e risco. O guia nos deixou lá e voltamos de táxi numa longa viagem proporcionada pelo conturbado trânsito de Kathmandu no final do dia.

Finalizamos assim o nosso segundo dia de aventuras pela cidade. Para o dia seguinte, tivemos a manhã livre para explorar o entorno do hotel e preparar as malas para a viagem de volta.

Foto: Ana Oliveira

Aproveitamos para visitar o supermercado que havia por ali, compramos umas e outras coisinhas e, no horário marcado, estávamos a postos para o translado para o aeroporto.

Volte qualquer dia desses, logo mais conto como foi a volta.