terça-feira, fevereiro 07, 2017

A velha e a nova Délhi

Mal nos acostumáramos com as três horas de diferença de horário entre São Paulo e Europa e já foi preciso reacertar os relógios - eletrônicos e biológicos - com  mais cinco horas e meia, para nos adaptarmos ao horário da Índia.

Mas nada nos deteria! Passamos pela imigração, coletamos nossas malas na esteira, compramos chips indianos para nossos smartphones e saímos intrépidas pelo portão 5 do aeroporto Indira Ghandi para encontrar Pratap, nosso anfitrião e motorista por aqueles dias.

Os primeiros minutos com nosso novo companheiro de viagem foram inusitados e nos fizeram duvidar de que houvéssemos feito uma boa escolha: Pratap nos fez subir uma rampa eletrônica no sentido contrário e, ao chegarmos exaustas ao final, um policial impediu que acessássemos aquele pavimento por essa via. Tivemos que voltar para trás e subir pelo elevador, que  estava bem perto da tal rampa. O motivo dessa molecagem ainda é um mistério para nós.

O caminho entre o aeroporto e o hotel já nos deu uma ideia de como seriam aqueles dois dias em Délhi: trânsito caótico, motoristas indisciplinados, buzinas a todo vapor mais tuc-tucs e vacas pelo caminho. Sem contar com a mão inglesa, que a todo momento nos fazia acreditar que estávamos em pista errada.

Foto: Ana Oliveira

Hotel Crowne Plaza Mayur Vihar fica fora do centro de Délhi, impossível sair e dar uma volta  nas imediações. Todos os nossos passeios foram feitos com Pratap dirigindo no caos e o guia indiano Kuldeep, falando um péssimo espanhol.

Já no dia da chegada, fomos ao enorme templo hindu Akshardham, visita da qual não temos nenhum registro, já que Kuldeep nos disse que era expressamente proibido fotografar ali e sequer nos deixou levar o celular no bolso.

Ainda na mesma tarde, visitamos o espaço onde se ergue  o Qutub Minar, um enorme minarete de tijolo, construído pelo muçulmano Qutbu'd-Din Aibak, considerado o maior minarete do mundo, com 72,5 m de altura, rodeado de edificações e ruínas de diferentes estilos arquitetônicos. Uma beleza para encantar até turistas tresnoitados como nós.


O dia seguinte era a véspera da festa da proclamação da república da Índia e, por conta disso, muitos monumentos estavam fechados, impedindo-nos de conhecê-los e complicando ainda mais o trânsito da cidade.

Kuldeep e Pratap nos levaram aos lugares que estavam acessíveis naquele momento: começamos pela Jama Masjid, a maior  mesquita da Índia. Ali também as fotos estavam proibidas para os turistas, segundo o guia. Mas, sendo ele nativo, podia portar seu celular e, a nosso pedido, clicou essa divertida recordação da nossa passagem por lá.


Do pátio da mesquita, avistamos o Forte Vermelho, mas ele estava entre os monumentos inacessíveis por causa da comemoração ao dia da proclamação da república.

A caminho do Templo de Lótus, passamos ao largo da Porta da Índia, também inatingível. 

Foto: Ana Oliveira

Toda em mármore branco, cercada por vários espelhos d'água, a moderna construção do Templo de Lótus imita a flor que lhe dá o nome e que é símbolo de religiosidade na Índia. Trata-se de uma casa de adoração Bahá'í, aberta a fiéis de qualquer religião.


Passeamos por seus jardins, percorremos alguns dos espaços externos e visitamos seu interior. Foi um belo momento na nossa visita a Délhi.

Fotos no interior do templo são proibidas, mas o dedo de Ana escapou no disparador e apareceu essa imagem. ¯\_(ツ)_/¯

Foto: Ana Oliveira

Como ainda tínhamos algum tempo livre, pedimos ao guia que nos deixasse num centro comercial, onde pudéssemos fuçar lojinhas. Pensávamos em alguma espécie de feira com coisas locais: roupas, artesanato. Mas ele não entendeu bem o que queríamos e nos levou a um shopping center, o DLF Promenade. Menos mal que encontramos ali alguns quiosques com roupas locais e não ficamos tão frustradas.

Na manhã seguinte partimos rumo a Mandawa.

2 comentários:

  1. Puxa, o Pratap aprontou mesmo! Já transformei o cara em personagem! A viagem bem no seu começo, que bom acompanhar vocês por aqui também! Obrigada!

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    1. Pois é, foi um início alarmante, mas teve final feliz.

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