quarta-feira, junho 03, 2015

Fotógrafo & fotógrafa

O Sal da Terra, documentário que mostra o caminho percorrido pelo fotógrafo-viajante-aventureiro Sebastião Salgado, está rodando nos melhores cinemas aqui de São Paulo desde o final de março, mas só há uma semana conseguimos encaixá-lo na nossa movimentada agenda.
O filme de Wim Wenders e Juliano Salgado - filho do fotógrafo - é envolvente e imperdível. Quem vê não esquece: as histórias da infância, a união duradoura com Lélia Wanick Salgado, a carreira burocrática anterior à fotografia, a mudança para a França, as primeiras fotos feitas com  uma câmera  simples, os primeiros projetos impulsionados pela companheira, o nascimento dos filhos, as longas viagens em buscas dos melhores clics, a sequência de mega-projetos fotográficos, a volta ao Brasil e, finalmente, a obra atual: Gênesis.


Gênesis, aliás, é um respiro na contundente obra fotográfica do cara. Demandou 8 anos e 30 viagens. O resultado, a exemplo dos outros trabalhos, virou livro e gerou exposições ao redor do mundo.
No Brasil, Gênesis rodou por vários estados e pelos SESCs pertinho de nós. Mas, finas, fomos ver as memoráveis imagens no Caixa Forum de Madri, em março do ano passado.


Se Sebastião é coisa nossa, o mesmo não acontece com Vivian Maier, a fotógrafa americana cuja obra só foi descoberta em 2007, dois anos antes de sua morte.
Vivian trabalhava como babá e, nas horas vagas, usava sua Rolleiflex para fotografar pessoas e cenas comuns, além de alguns auto-retratos.
Desde 21 de abril, o MIS exibe O mundo revelado de Vivian Maier, uma mostra deliciosa do olhar dessa fotógrafa.
Pelos milagres da tecnologia, depois de ver a exposição, é possível tirar uma foto com a artista e uma das pimpolhas de quem ela cuidava. Olha a nossa:


Saí de lá hipnotizada com o olhar da Vivian.
No dia seguinte, quando tive uma câmera na mão, lembrei do que vi e me deixei levar pelo estilo Maier de fotografar, olhaí:

Alaíde Costa no Conversa com Verso

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