sexta-feira, dezembro 29, 2006

De dez anos pra cá


Clique aqui pra ver mais cartões
Já contei que gosto de "inventar" cartões de boas festas. Pois aí está uma amostra do que meus amigos e familiares receberam nos dez últimos anos.
De 1996 a 1999, simplesmente imprimi os cartões - com imagem e mensagem - e enviei pelo correio. A foto do cartão de 99 foi tirada por mim, numa viagem à Disney, em outubro do mesmo ano.
Em 2000, foram enviados por e-mail, com a música Here, there and everywhere, dos Beatles, como fundo. A ilustração era animada: os fogos explodiam e formavam a mensagem Feliz Ano Novo.
Em 2001, uma inovação: CDs de propaganda, abundantes naquela época, foram etiquetados com a mensagem, tendo como fundo a obra, Noite estrelada, de Van Gogh. Foram enviados pelo correio. Apesar de terem um adesivo avisando que o CD não continha nenhuma mensagem gravada, muitas pessoas tentaram abri-lo...
Para 2002, outra novidade: a mensagem foi impressa junto com o texto de John Cage - De segunda a um ano - que fazia parte da instalação Claro Explícito, criada por Bia Lessa, sediada no Itaú Cultural naquele ano. Aí vai o texto:
"Chamemo-la de
Consciência coletiva (já temos O inconsciente coletivo).
A Questão é: quais são as coisas de que
Todos precisam, à parte dos gostos
E aversões? Começo de resposta:
Água, alimento, abrigo, roupas
Eletricidade, comunicação
Audiovisual, transporte. Forma
De resposta: uma rede global de utilidades."
E a estrela que aparece na mensagem é, clara e explicitamente, uma referência à posse de Lula logo no início de 2003.
2003 foi o ano de fazer amizade com Chico César e sua obra. No cartão um trecho da música Folia de Príncipe, impresso nas folhas do livro Diário de uma paixão, de Ulisses Tavares.
Tenho mania de trazer MICAs pra casa. Tenho "quilos" delas. Para 2004 usei uma delas, da série Johnnie Walker. Fundo preto, com a frase: Papai Noel não existe. E na mensagem, a música Isopor, de Kléber Albuquerque e Élio Camalle.
A mensagem de 2005 chegou aos amigos com a ajuda dos correios e de Cecília Meireles... Explico: um trecho de A arte de ser feliz, de Cecília, foi impresso num cartão pré franqueado dos correios. Fácil!
Nesse dezembro que estamos vivendo, a mensagem teve um texto de João Cabral e uma pintura de Portinari. Foi enviada por e-mail para os muitos amigos reais e virtuais - que também são reais... Para os poucos que não usam a internet, o mesmo texto seguiu numa MICA do Banco Real, que celebra a diversidade, com a mensagem:
Valorizar as diferenças e construir um mundo melhor.
Tomara!!!!!
_____________________
Atualizado em 20/10/2014

segunda-feira, dezembro 25, 2006

Jingle Bell pra todos nós

"Não gosto do Natal. Não chego a odiar mas não gosto."
Assim Mário Prata inicia sua crônica Jingle Bell prá vocês.
Não é das melhores coisas que Mário já escreveu, mas concordo com o que diz em gênero, número e grau.
Pra quem quiser conhecer ou reler, aí vai o link:

Lembro ainda de alguns natais da infância, quando recebíamos os presentes que o "Papai Noel" deixava junto a nossos sapatinhos no corredor de entrada da casa de minha avó. Eram sempre coisas de que íamos precisar para o ano vindouro: uma sandália, um vestido, um ou outro brinquedo... Depois vinham os presentes das pessoas: Junia e Zilda nunca falhavam.

Havia também o presépio montado pelos presidiários, com trenzinho e tudo... Fui vê-lo uma ou outra vez, levada por meu pai.

Mais tarde, passei a cantar no coral de Natal na igreja. Eram dias e dias de ensaios e depois cantávamos na Missa do Galo. Bons tempos! O Natal não importava muito... Gostoso mesmo era o encontro com os amigos antes, durante e depois.

Veio depois a época de passar o Natal com amigos e suas respectivas famílias... Ou com amigos "avulsos".

De uns tempos pra cá, nem sei desde quando, tenho passado o Natal quietinha aqui em casa. As pessoas estranham, mas não me importo. Gosto muito!

Presente. Ganho alguns. Dou outros... Alguns por obrigação, outros por prazer.

Como a cada ano o comércio inicia os trabalhos natalinos mais cedo, tenho também procurado pensar nos presentes antes de que tudo fique entupido de gente comprando, comprando, comprando.

Cartões de natal. Houve um tempo em que os preparava manualmente, sempre procurando uma frase mais criativa do que o tradicional Feliz Natal e Próspero Ano Novo. Começava a pensar e confeccionar já em novembro. Nos primeiros dias de dezembro já os colocava no correio, seguindo o mesmo princípio das compras: quanto antes melhor!

Nesse ano, mudei. Preparei, sim, uma mensagem. Mas enviei por e-mail. Pelo correio só foram algumas, poucas, para destinatários que ainda não aderiram às modernidades do mundo eletrônico.

Amigo secreto. No tempo do coral de natal participei de alguns bem interessantes, divertidos mesmo. Em 1999, com um grupo de amigas inventamos um amigo secreto eletrônico que foi bem criativo. Provocou descobertas, alegrias e brigas, mas terminou bem. Penso que alguém deveria inventar uma outra maneira de confraternização para os grandes grupos. Para o bem de todos e felicidade geral da nação... e dos que freqüentam bares e restaurantes no mês de dezembro.

Ah, já ia me esquecendo das luzinhas espalhadas pela cidade. Nos primeiros tempos achei bonitas. Saí pra fotografar... Agora já estou achando sem graça! Será que estou ficando velha e ranzinza?

Enfim, é Natal!

2007 vem aí... Oba! Gosto das festas de final/começo de ano.

Mas, segundo o mesmo Mário Prata, "não adianta. No ano que vem, tem outro Natal."

domingo, dezembro 17, 2006

Para 2007

Deixo aqui uma cópia do cartão virtual que enviei aos amigos. Ana e eu o fizemos juntas.
Esse ano deixamos o correio de lado. Enviamos tudo por e-mail... Tempos modernos!
A imagem é de uma pintura de Portinari: árvore da vida.
O poema, de João Cabral de Melo Neto. É parte do poema Cartão de natal.
Reproduzo o poema e minha mensagem:
Pois que reinaugurando essa criança
pensam os homens reinaugurar a sua vida
e começar novo caderno,
fresco como o pão do dia;
pois que nestes dias a aventura
parece em ponto de vôo, e parece
que vão enfim poder
explodir suas sementes.
Muitas palavras de alegria para o seu caderno de 2007.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

De como chegar a Morro de São Paulo

Choveu muito em São Paulo no dia 4 de dezembro de 2006. Era a véspera da nossa partida para Morro de São Paulo, Bahia. Viagem de Férias!
Notícias de alagamentos e promessas de mais chuvas durante toda a madrugada enchiam os noticiários.
Apreensivas, decidimos sair mais cedo para o aeroporto, na manhãzinha do dia 5.
Sorte! Não chovia mais quando, às 6 horas em ponto, pegamos o taxi 570 da Usetaxi.
No check-in da Varig, nenhuma fila.
Surpresa! O vôo estava com uma hora e 20 minutos de atraso...
Tínhamos, pois, duas horas e meia de espera. Tempo pra tomar café, sassaricar pelas lojas, bater o ponto na sala vip do Diners e passar pelo caixa automático Itaú, que estava fora do ar.
9h15 lá estávamos nós diante do portão 25, aguardando o embarque, que só aconteceu lá pelas 10 horas. Mais atraso!
Mas o pior ainda estava por acontecer: em Brasília, algum aparelho - de cujo nome simples mortais como eu nunca se lembrarão - crucial para vôos rumo ao nordeste, avariou-se.
Permanecemos no avião, esperando o reparo do tal equipamento, até as 12h20. Total: 4 horas de atraso.
Do aeroporto de Salvador até o ponto de embarque no ferry com destino a Itaparica gastamos mais uma hora e meia.
Passo seguinte: ônibus para Valença. Outra hora e meia.
Uma pequena caminhada pelas ruas de Valença e lá estávamos nós, contemplando a lua cheia refletida no canal de Taperoá e negociando a travessia até o Morro.
A bordo de um barco rápido, chegamos ao porto do Morro quase 21h50, 20h50 no horário local, já que os relógios baianos não seguem o horário de verão.
Nos esperava Alberto, com seu "táxi" - um carrinho de mão daqueles usados na construção civil, que ele pilotava rapidamente pelos altos e baixos da cidadezinha, driblando turistas e degraus.
Por fim, chegamos à Segunda Praia, onde nos aguardava a sala vip do nosso hotel: espaço reservado aos hóspedes de alguns hotéis mais retirados, para aguardar o transporte para o Hotel.
Assim, rebocadas por um trator, único meio de transporte motorizado da ilha, chegamos ao Hotel Catavento, na Quarta Praia do Morro de São Paulo.
Aventura? Nem tanto...

terça-feira, dezembro 05, 2006

Chico César e Ray Lema


Foi no último fim de semana.
Chico e Ray cantaram juntos no SESC Pinheiros.
O programa trazia uma velha foto que Ana fez de um encontro dos dois no CCBB do Rio de Janeiro.

O show foi o mesmo que já tínhamos visto em Milão. Mas agora os dois cantavam pra nós aqui no Brasil.

Fomos ver duas vezes.

O registro está aí:

  • Sakana:

http://www.youtube.com/watch?v=MItUdHqAxQA

  • Atan'dele

http://www.youtube.com/watch?v=PEFxu9R_rpA

  • Ça va

http://www.youtube.com/watch?v=y9mcu-04XH8

  • Congolê

http://www.youtube.com/watch?v=3l0-maBVc8I

Divirtam-se!

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Tecnomacumba

A primeira vez que ouvi falar desse trabalho de Rita Ribeiro foi em fevereiro de 2004.
Ritinha estava lançando o projeto no Espaço Unibanco aqui em São Paulo.
Naquele dia havia show de Chico César no SESC Carmo. Fomos ao show e depois corremos para o Espaço Unibanco. Chico avisou que também iria pra lá.
Quando chegamos já não havia mais ingressos e o espetáculo já havia começado. Pena!
Ficamos por ali mais um pouco, esperando... De repente, surge Chico de dentro da sala. E, enquanto vai saindo com alguns amigos, olha pra nós e canta:
Garota dourada
Quero ser teu irmão
Eu sou teu irmão,
namorado
Perdemos o Tecnomacumba, mas ganhamos essa canjinha do Chico!
Depois disso vimos Rita algumas vezes, em shows onde ela mostrava trechos do trabalho que estava nascendo. O que nunca faltava era a música Jurema, com sua cena inicial inesquecível, que Ana registrou em dezembro de 2004, num show do Projeto Pixinguinha, na Sala Guiomar Novaes, em São Paulo:

Julho de 2005. Fomos ao Rio. Tecnomacumba estava em cartaz no Rival. Boa oportunidade para conhecer o lugar e o novo trabalho da Rita. Fomos. Vimos. Curtimos. Falamos com a moça no final do show. Tudo a que tínhamos direito! Ana fotografou:

Ao longo desse tempo, fomos conhecendo um pouco mais do Tecnomacumba em shows e entrevistas da Ritinha.

E ficamos esperando o lançamento do trabalho em CD.

Aconteceu!

Nesse final de novembro, comecinho de dezembro, Tecnomacumba chegou às lojas num lançamento conjunto de Manaxica Produções e Biscoito Fino. Tá um luxo! Capa, encarte, tudo lindo!

Rita fez uma série de pocket shows mostrando o novo CD. Na primeira noite de dezembro, fomos à Fnac Paulista ver o que a moça do Maranhão tinha pra mostrar.

Foi bom demais!

Ritinha cantou muito, dançou pra valer no pequeno palco, passeou entre o público que lotava o espaço de eventos e o café da Fnac. Chegou até a emprestar o microfone para o barista:

Ô lua branca leruê

Ô lua branca leruá

Saímos de lá com uma rosa oferecida pela Rita, com nossos CDs autografados e encantadas com tudo o que rolou.

Foto? Tem sim! Feita por Ana Maria, claro! Afinal, depois de Emir Penna - o fotógrafo oficial -, Ana é a fotógrafa preferida da Ritinha.